Meu filho tem autismo, e agora? Qual a melhor intervenção?
Como já citamos aqui em nosso blog, acompanhar os Marcos do Desenvolvimento, bem como o acompanhamento médico durante a primeira infância, nos permite monitorar o crescimento de nossos pequenos. Assim, quando alguma área específica apresenta algum déficit ou certo tipo de atraso, um sinal de alerta se acende.
Os primeiros sinais de Autismo geralmente se manifestam até os três anos de idade, mas como cada criança é única, podem se apresentar de diversas formas e intensidades. Inicialmente, o médico que acompanha o desenvolvimento infantil, deve ajudar no delineamento dos próximos passos, bem como indicar os profissionais de diversas áreas que podem dar suporte as condições apresentadas por cada criança, ajudando no diagnóstico.
Após o diagnóstico de Autismo muitos pais levam um susto e se questionam de diversas formas, como por exemplo:
- O que eu fiz de errado?
- O que eu faço agora?
- Por onde começar?
São diversos questionamentos que os pais ou responsáveis podem ter ao receber o diagnóstico de Autismo de uma criança, por isso enfatizamos aqui a importância do acolhimento de pais e/ou responsáveis não só nesse primeiro momento, mas também durante toda a vida, considerando que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição crônica.
O TEA, do ponto de vista médico, é um transtorno do desenvolvimento infantil caracterizado pela dificuldade de interação social e comportamentos restritos e repetitivos e, apesar dos desafios inerentes a essa condição, esse diagnóstico está longe de ser sinônimo de estagnação. Muito pelo contrário, com o devido acompanhamento e as práticas presentes hoje em dia, podemos auxiliá-los no desenvolvimento e melhor desempenho adequado a seus desafios. Desta forma, quanto mais cedo se inicia uma intervenção, maior pode ser a ampliação do potencial de desenvolvimento da criança, sempre visando as possibilidades de cada uma.
A criança com Autismo pode ter diversos tipos de intervenção, que deve ser individual e ligada unicamente ao indivíduo, visando a qualidade de vida e desenvolvimento de suas habilidades, bem como a promoção de ambientes inclusivos. Assim, podendo o acompanhamento ser orientado por diversas áreas, como neuropediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, entre outros.
O fato de uma criança ter Autismo não a impede de viver normalmente, incluindo atividades diárias, sendo elas de âmbito familiar, escolar e social. É preciso considerar as possibilidades de cada indivíduo, vendo quais são as habilidades possíveis e quais outras podem eventualmente ficar comprometidas pelos diversos graus do Autismo. É de extrema importância que as pessoas que convivem com um indivíduo nesta condição, entendam e respeitem que cada pessoa é única e podem ter seus desafios principalmente, pois está na base do diagnóstico a definição de espectro que se configura em diferentes níveis de assistência que a pessoa com TEA necessitará.
Vale ressaltar que as intervenções são suporte essencial para o desenvolvimento das habilidades das crianças. Vários estímulos trabalhados com a criança durante o trabalho profissional podem permitir uma maior facilidade para lidar com diversos ambientes e situações do dia a dia. Segundo a OMS, a intervenção baseada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA), é a mais indicada no tratamento do autismo.
A Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem baseada em princípios científicos que tem sido amplamente utilizada na intervenção a crianças diagnosticadas com Autismo. Porém, independente de qual seja a intervenção adequada ou quais áreas que serão necessárias a serem trabalhadas, é muito importante que pais, responsáveis e equipe multiprofissional estejam sempre alinhados com as recomendações umas das outras, para que o desenvolvimento de cada âmbito e habilidade sejam também trabalhadas além do contexto clínico.
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